domingo, 7 de novembro de 2010

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uma moleca num galho de árvore. frondosa pitangueira de casca macia. frutos laranjas. finos fios de cabelo louro caídos sobre os ombros e olhos, olhos redondos e atentos, curiosos. pés descalços balançam no meio das folhas. espia, observa. espera. guarda e aguarda. nem longe nem perto, repousada na grama que corre adiante até abraçar o azul, mansamente recostada na caixa de madeira que brilha ao sol, a garota de lisos e negros cabelos, adormece como anjo que cochila ao som de arpa. ao redor movimentam-se todos. objetos saídos do peito, saídos da mente. dançam, correm, rolam, pulam, riem. escondem-se por sob sua roupa. amarram os cordões de seus sapatos. tocam curiosos a sua pele. levantam as suas pálpebras. e ela dorme. como anjo impertubável. no alto, nem longe nem perto, permanece na pitangueira a moleca que sorri em silêncio. imagina, pensa. deixa que passem os sóis e as luas. aguarda. guarda o que não sabe. e guarda com cuidado. espera. " esse texto foi escrito por uma pessoa que foi muito importante para mim, e talvez, de alguma forma, ainda seja.

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escrito por alguém especial e inesquecível, apesar de tudo.

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Um comentário:

Espanyol disse...

Muito loko!!!

(off topic: porque zerou o contador de visitas do site???? ahhh puta mundo injusto meoooo)