segunda-feira, 26 de julho de 2010

Tribos




Tribos

As crianças correndo
Correndo da fome, da seca, da escuridão
Ainda há sorrisos estampados em seus rostos
Seus olhos ainda brilham
Isso se chama esperança

Elas cantam juntas em volta da fogueira
Agasalhadas com sua própria pele
Bradam em cima de pedras
As mais altas que encontram
Gritam forte os seus sonhos
Como o rugido de um leão

Ao redor, o universo
Circundando nossa trajetória

Cavalos e camelos peregrinos
Viajantes do mundo
Correndo tribos

Testemunhas dos orfãos do mundo
Aqueles que ainda estedem a mão
Não pedem ajuda, ajudam.

As dores e flagelos do corpo
Guerras sem fim
Sangue por toda parte
Urros de dor
Suspiros de agonia
Doença e malefícios

Muitos se sentem ignorados
Mas não perdem as pedras preciosas
Proveniente de seu âmago
Ainda que conturbado
Não desertor

Povos unidos
Somando forças
Em cada coração o nome de uma tribo
Elas pedem ao mundo
Que façam o que é preciso
Que não desfaçam uns dos outros
Que ainda podemos nos respeitar
E fazer a diferença
Gostando da natureza
Equilibrando a escuridão.

Na palma da mão de uma sábia mulher
Eu vi escorrer a água
Mais pura e cristalina
Eu vi sua mão secar
Enrugar e tornar-se cinzas
Eu vi, o mundo acabar.

Hoje é um dia especial
Hoje e sempre
Hoje é dia de lutar.







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