Escrito no feijão

Me importo as vezes, quero dizer que não me importo.
Cada coisa que falamos, como chega a cada um?
Isso é importante?
Ora, sim, queremos ser vistos como queremos mostrar, a falha pode ser minha interpretação, ou o seu estrabismo.
Todos os contrastes são necessários, alguns fixaram mais em minha alma.
Hoje não sei se não quero mais uma certa tristeza perto.
Não significa que estou repelindo todas as oportunidades de sorrir.
É doce, significativamente doce.
Mesmo se de alguma forma eu sofrer, é o mundo da violência e violência não é sinônimo de mal.
Ando aprendendo sobre isso, aprendendo que a violência pode estar nas menores coisas observadas.
Nos jogos, no parto, nas interferências, nas cordas de um violão.
Ando lendo sobre ética e moral
Ando lendo poesias
Ando pensando sobre os perigos da vida
Se mudamos o tempo inteiro, todo tempo nos perdemos?
Onde fica minha essência?
Se me perder, você trás de volta?

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Ao som das Harpas

Como dizer que estou triste, sem que você se assuste
Sem que pense em depressão ou decadência
Sem qualquer impressão
Apenas olhando para mim

Não sei explicar
Quando tocam certas músicas, que me deixam tão imaginativa
Penso no vento, numa terra longiqua e quase inalcansável
Penso em descansar, mas nada parte da preguiça
Penso em pureza, penso na natureza
Onde o sofrimento não conseguiria espaço
Onde não exagerasse talvez.

Não falo de recuar
Falo de uma tristeza doce que me completa e me torna mais feliz
Por enquanto, é assim.



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Cru

Quando chegar o dia da partida
O que vou vestir?
O que vou contar?
O que vou falar?
O que vou lembrar?
Sentirei medo ou alívio?
Foram tantas coisas...
Uma água diferente da outra
As cores, os amores e humores
Dançando sobre as águas
Girando e voltando para o universo
Eu sou o universo




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