sexta-feira, 13 de agosto de 2010



Olááá anónimos, estoy um poquito atrasada!

Mas vale a pena registrar em nosso blog essa informação!

Meñique ou em português Pequeno Polegar (Dedo Mindinho - trad.livre) assim se chamará o primeiro longa de animação 3D de Cuba.

O roteiro é uma adaptação do conto (homônimo) do escritor cubano José Martí nascido em 1853 e falecido em 1895.

José Martí foi um dos que apostaram na independência de Cuba, patriota e escritor, morreu em uma batalha e foi transformado em mártir das aspirações cubanas a independencia.

Meñique será dirigido por Ernesto Padrón.

Essa notícia saiu oficialmente pelo jornal oficial Juventud Rebelde.

Ernesto em entrevista disse que ele e sua extensa equipe de animadores, programadores, pintores, artistas estão em fase de encorajar, texturizar, iluminas e realizar os efeitos especiais, segundo Padrón a partir do projeto inicial, estão a dois anos atrasados por problemas financeiros.

A previsão era para entrega em 2011, mas talvez tenhamos que esperar mais um pouquinho.

Outra curiosidade que determinou o marco no cinema 3d para Cuba foi a inclusão de um personagem que alterou toda a diretriz do projeto, até então com utilização clássicas de técnicas animativas.


Já estão concluídas 7 sequências (20 minutos em média), dos 80 minutos previstos para toda a produção.


Leia a entrevista completa:
- Por que você resolveu contar a história de Meñique (Pequeno Polegar) com tecnologia 3D?

Ernesto Padrón - "É curioso que este filme não foi concebido desde o início para ser “o primeiro filme cubano em 3D ". Foi concebido como um filme longa metragem que iríamos realizar utilizando técnicas mais tradicionais. O culpado de tudo foi a Poeira mágica, um personagem,que introduzi na história, eque projetei como um mecanismo muito complexo, composto de muitos acessórios, incluindo um projetor que gera uma imagem holográfica, pelo qual Meñique descobre quem estava destinado ser o amor da sua vida. O rosto da Poeira, eu tinha imaginado dando voltas como o gato de Alice no País das Maravilhas, e foi por causa dela que chamei Humberto Junco, um especialista em 3D, que tinha trabalhado comigo antes.

"Então, eu convidei vários artistas pintores para criarem os cenários do filme, e, apareceu a fabulosa favela pintada pelo mestre Reineiro Tamayo. Quando vi os desenhos, o animador disse que esses desenhos eram perfeitos para modelá-los em 3D, o que eu achei muito apropriado, já que poderia criar uma arquitetura de vida, semelhante à Havana Velha, o­nde, por exemplo, poderia abrir as janelas ou descer baldes de água com uma corda dos andares superiores. Quando os pintores apreciaram seu trabalho levados à terceira dimensão, ficaram tão fascinados que eu não tive nenhuma dúvida em tomar a decisão de recriar todos os fundos(cenários)com esta técnica.

"Foi então que Silvio Rodriguez, que é responsável pela música do filme, nos visitou pela primeira vez e viu todo o trabalho que fizemos. Ficou nos olhamos e nos perguntou com toda naturalidade por que não também não modelávamos os personagens em 3D. Todos nós fizemos piadas, dizendo que aquilo era uma loucura e que ele não sabia o que estava propondo.E o tempo passou e nós tivemos que admitir que suas intuições estavam corretas. A qualidade incrível que foi conseguida com os cenários e o fato de ter a possibilidade de mover a câmera através de uma locação virtual,entretanto, limitava trabalhar com personagens em duas dimensões.Com isto se perdia a magia dos cenários construídos, assim como a contribuição dramática que, com novos elementos de luz e sombra, podíamos conseguir. "

- Não foi arriscado demais apostar em uma técnica pouco conhecida em Cuba e que também exigiria a aplicação de grandes recursos financeiros?

Ernesto Padrón -" Sem objetivos e desafios é impossível avançar, é por isso diante do desconhecimento que existia sobre o 3D, nos propusemos a investigar, estudar e melhorar as idéias que já tínhamos. Com essa técnica tínhamos trabalhado nos dois últimos capítulos de Yeyín, e outras séries curtas, Porquê?, Ou seja, já tínhamos alguma experiência do nosso lado. Com Yeyín tínhamos construído um robô, um personagem que possibilitaria uma animação simples de imitar os movimentos rígidos, algo que não podemos permitir, no caso de Meñique, que exigem um nível bastante elevado de animação.

"Isso deve ter significado um desafio para os técnicos em animação ...

Ernesto Padrón - "Nenhum dos principais estúdios revelam como eles fazem seus filmes. Existem, é claro, programas que ajudam, mas ninguém revela os seus segredos. O maior desafio que tivemos de superar foi modelar o personagem em 3D, mas para construir o sistema de ossos que, em seguida, através de alguns manipuladores, permitiria acionar os movimentos do corpo e gestos do rosto. Isso foi algo que nunca havia sido feito em Cuba e para o qual nós usamos o programa que utiliza um estúdio de renome conhecido como Pixar. Conseguimos um sistema de ossos tão bons que foi elogiado por alguns especialistas bascos que têm uma empresa de desenho animado e participaram de outras superproducciones.

- Qual é o atraso da produção?

Ernesto Padrón -"Embora nós não parássemos de trabalhar nem por um momento, ficamos dois anos atrasados com o plano inicial, que fixou a data de entrega em 2011. A causa fundamental reside em problemas com o investimento, algo que é realmente foi uma pena, porque este filme começou com todo o orçamento na mão, graças à colaboração da Fundação Villa del Cine, na Venezuela. Este atraso nos impediu de obter o equipamento técnico que necessitávamos para a animação, incluindo placas de vídeo especializados, computadores e até mesmo servidores.

"O que temos conseguido, com o apoio do ICAIC, incluiu um alto grau de esforço pessoal o­nde os especialistas têm trabalhado a partir de casa e com seus próprios computadores, porque dos 20 que precisamos temos apenas cinco."

- Qual foi a este respeito a contribuição da Universidade das Ciências Informáticas (UCI)?

Ernesto Padrón - "Graças à UCI, que é um dos nossos co-produtores, em seus laboratórios podemos dar vários cursos para formar novos especialistas. Nestas férias podemos adiantar bastante, graças a seis de suas máquinas que foram emprestadas para o Estúdio.

"Recebemos também a grande ajuda de seus jovens, que tem desempenhado nas especialidades de textos, de programação, motor da renderização e aplicação de efeitos especiais. Aqueles que trabalharam conosco têm demonstrado não só o conhecimento sólido, mas também a sensibilidade artística e talento.”

- O fato de fazer uma versão livre da história, ajudou de alguma forma à concepção artística do filme?

Ernesto Padrón -"Eu sempre tive a idéia de criar o clima de uma história em uma Cuba medieval, o­nde um vulcão possa coexistir com montes de Viñales, no tempo que passava voando um dragão ou um güije** cruzando pelos bosques. Essa visão me ajudou muito com a versão livre, porque deu lugar a novos argumentos dramáticos e personagens.

"Se no texto original Meñique encontra a Hacha(o Machado encantado), localizado no Pico e a Nuez(castanha)) já esperado no filme, ele tem que agradar a todos, quem para o exagero das barreiras vivem escondidos em uma floresta encantada. Sempre com a ingenuidade, ele consegue conquistar a Hacha, interpretado por Manuel Marin, que coloca um sotaque de guajiro (caipira) oriental, o que torna o personagem muito simpático. Depois de conquistar o Pico, que é um escultor, e tem um mundo cheio de figuras esculpidas em pedra, uma espécie de homenagem que faço para o artista que fez o Jardim Zoológico de Pedra. O Pico é surdo-mudo e comunica-se em uma espécie de código Morse, enquanto que a Nuez (castanha) é um superromántica a que deve ganhá-la pelo lado da sensibilidade.

"Além da Poeira mágica (Osvaldo Doimeadiós), eu introduzi o personagem da bruxa Barussa (Corina Mestre), que é a irmã do rei. Ela é a causa da existência da árvore encantada que perturba a vida no palácio, e também tem um filho que pretende se casar com a princesa, para poder dominar o reino. La Princesa (Yoraisy Gomez) é também modificada a sua personalidade, porque na história original ela aparece apenas como o grande prêmio, mas neste caso, Denise se torna uma espécie de Robin Hood, que não gosta de seu pai o Rei, que é tão ganancioso e pessoas que vivem na sua favela é tão pobre. Este sub trama foi mostrado no curta Camuflaje que foi muito bem recebido no Festival Cubanima recentemente. Desta forma, a história mantém-se fiel ao drama original, mas os seus conflitos e os personagens são recriados.”

- O que foi alcançado até agora?

Ernesto Padrón -"Em primeiro lugar, o filme foi rodado na voz de atores de primeira linha, que também incluem Aramis Delgado (King), Enrique Molina (Pedro) e o jovem Liéter Ledesma, que interpreta o Pequeno Polegar-Meñique. Ademais estão também totalmente modelados em 3D os personagens e locais, e o sistema de ossos para cada um deles está quase concluído. Estamos agora no processo de animação, texturização, iluminação e fazer efeitos especiais. Nosso objetivo é completar seqüências inteiras, e atualmente já terminamos sete, equivalente a cerca de 20 minutos dos 80 para que se pensa o filme completo "

Fonte: Diário oficial de la Juventud Cubana - Juventud Rebelde
www.juventudrebelde.cu



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Um comentário:

Espanyol disse...

Noticia muito animadora!!!!

Arriba siempre!!!saludos a todos cubanos de verdad